Cresci sendo conhecida pelo primeiro dos meus sobrenomes Lisboa, na faculdade até optei como dita a tradição a ser conhecida pelo meu último sobrenome, Tavares, entretanto, jamais consegui despertar por tal o mesmo apreço e vínculo que já existia com o Lisboa.
Quando comecei a me questionar sobre a representação de meus sobrenomes, sobre a família que alimentava vínculos ou estimulava o meu crescimento, passou a se tornar inegável que não estava inserida no clã dos Tavares, pois destes pouco recebia vínculos ou estímulos, fora ter o mesmo sangue. E uma vez despatriada, a matriarca e seus descendentes acharam por bem manter a devida distância.
E hoje é tão translúcido que nem me espanto não ter sido informada da morte de minha avó, mãe de meu pai, uma vez que ela sempre foi muito mais mãe do meu pai e muito pouco minha avó, se quer consigo recordar de um momento de verdadeiro vínculo com ela, afinal qual o vínculo que se faz em reuniões sociais ou raros diálogos. Se a conheci foi pelo pouco que meu pai falava dela quando nós tínhamos um vínculo, pela sua imagem ainda estar clara em minha memória ou pelo que o vento trouxe.
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