Penedo-Cinema, uma associação que comecei a fazer em 2003 quando comecei a conhecer a história do Festival de Cinema de Penedo. Em 2007, em meio a pesquisa para o meu trabalho de conclusão de curso li matérias que falavam da programação das oito edições do Festival. Não encontrei muitas informações sobre os filmes de Super 8 realizados na época que era o meu principal objetivo, mas vi relatos de falta de água e energia.
Como resistir ao encantamento de um Festival de Cinema em Penedo? Na imaginação os relatos daquela época são sempre românticos, ao menos na minha é assim. Embora tenha dificuldade de imaginar os Super 8 sendo exibidos, lembro de algum relato que falava da projeção dentro do Cine São Francisco, como era mesmo? Gostaria de saber mais sobre a programação, além do fato de qual galã ou mocinha apareceram naquela época.
Em 2011, fiquei sabendo do Festival de Cinema Universitário de Alagoas, foi o ano em que houve a retomada da Mostra Sururu de Cinema Alagoano, e uma coisa veio seguida da outra, era difícil de acreditar que agora contávamos com duas ações para amadurecimento e difusão do nosso cinema. Consegui ir ao Festival por conta própria, ficando hospedada na casa de uma amiga que lá morava, acompanhando meio que atropeladamente as mais diversas programações, oficina, mesa redonda, sessões, bate-papos, encerramento.
Em 2012, fui apresentada ao processo de construção do Festival uma vez que estava assumindo como analista de audiovisual no SESC. Não pude acompanhar toda a programação, apesar de que pela primeira vez estive do primeiro ao último dia no Festival, pois dei suporte as oficinas de audiovisual que levamos pelo SESC, Cineclubismo, Brinquedos Óticos e Microvídeos. Lembro vivamente da maratona para conseguir terminar de montar os microvídeos e a animação da oficina de brinquedos óticos. E a inesquecível emoção em ver os filmes exibidos na cerimônia de encerramento.
Em 2013, retornei a Penedo para o Festival acompanhando os minicursos de Microdoc e Roteiro. Já em 2014, fui ao Festival ministrar a oficina Novíssimo Cinema Alagoano. Em ambos também acompanhei debates e as sessões.
Este ano ir a Penedo foi único como em todas as outras edições. Mas teve um aproveitamento diferente pela troca vivenciada em conjunto com os realizadores. Participei dos bate-papos com os realizadores como mediadora, não tinha dimensão do presente que o Festival e o SESC estavam me dando.
Cada dia foi um dia de aprendizado, pela possibilidade de enxergar o filmes por outros olhos, seja o do realizador ou dos espectadores. Assim como a identificação e troca entre as experiências que mal podem ser dimensionadas.
Além da vivência também fica como marco a culminância da cerimônia de encerramento do Festival com um ato de repúdio ao descaso aplicado pelo governo atual a nossa cultura.
Cada dia foi um dia de aprendizado, pela possibilidade de enxergar o filmes por outros olhos, seja o do realizador ou dos espectadores. Assim como a identificação e troca entre as experiências que mal podem ser dimensionadas.
Além da vivência também fica como marco a culminância da cerimônia de encerramento do Festival com um ato de repúdio ao descaso aplicado pelo governo atual a nossa cultura.
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