segunda-feira, outubro 23, 2017

Festal 2017: Tarja Preta

Estar no escuro e não poder acender uma lanterna ou uma vela causa um desconforto.

A orientação para os espectadores de Tarja Preta foi para colaborar com o black out, evitando estar com o celular ligado ou qualquer outro aparelho. Foi um desafio para mim não poder ligar a minha câmera fotográfica, confesso que até tentei, mas ao ver o visor dela quebrar o black out retrocedi e não fotografei durante a apresentação de Tarja Preta.

Me vi no escuro desejando que alguma luz iluminasse a cena algumas vezes durante o espetáculo, senti ansiedade, apesar de já conhecer Tarja.

Participei do processo de construção do Três no Escuro, projeto que reúne os solos "Mal" e "Tarja Preta" e a videodança inacabada "Desfocado" da qual estive mais imersa no processo.

Reencontrei a minha ansiedade reassistindo Tarja hoje, encontrei a trilha sonora como se não a tivesse ouvido daquele jeito antes, e ainda senti que do meio pro fim do espetáculo a soma da trilha com o ar condicionado deu um tom ainda mais cíclico a apresentação. Reencontrei a necessidade de falar, expressar, compartilhar os momentos de angústia, limitação, estresse, depressão, fragilidade. Principalmente encontrei a maturidade do espetáculo, reencontrei Joelle e senti uma imensa admiração pela sua entrega a Tarja, pela sua força em cena e ao fim na conversa com o público.

Fiquei emocionada e agradecida pelas memórias e reencontros que reassistir Tarja me trouxe. 

quinta-feira, agosto 03, 2017

34 dias

Compreendi na adolescência que não tinha relacionamento com a minha avó paterna nem como meu avô materno, nem por isso deixei de desejar ter avôs, mas ao mesmo tempo não optei por ir atrás deles. Não me deram o direito de ir ao enterro da minha avó, ela é uma memória que foi se apagando após os meus 18 anos.

A minha mãe sempre manteve a memória dos pais dela viva. Buscou pelo pai dela de uma forma que eu nunca busquei pelos meus avôs, nem pelos meus pais.

E vim aqui escrever no dia 30 de junho, pois não sabia bem o que escrever sobre o enterro do pai da minha mãe.

Passei o dia referenciando ele assim, o pai da minha mãe, pois ao dizer para qualquer pessoa que o meu avô faleceu, estaria certa de que haveria uma comoção forte, e ao não me referir a ele como avô tentava contar sobre a nossa não relação, e minimizar a comoção que surgiria nos outros e que esperariam em mim.

Não vejo a morte dele com indiferença, ir ao seu enterro não foi um dia como outro qualquer.
Foi uma breve estadia num seio familiar que por motivos alheios a meus desejos não era o meu. As pessoas que me reconheciam por já terem ouvido falar de mim, a mim nunca foram referenciadas. Já as mais próximas do meu avô que eu via estarem sofrendo, geravam em mim consolo por sentir que havia afeto por ele.

Estava consciente de que não busquei por ele, assumi como real o distanciamento que reconheci de alguém que não me convidou para ficar perto e que não me movi para me aproximar.

A morte pra mim é sinônimo de avó, pois perdi a minha avó materna com 1 ano e 10 meses e a ausência dela é um sentimento que continuo trabalhando para amadurecer.

quinta-feira, junho 29, 2017

Resposta a uma entrevista em 18 de agosto de 2016

Perguntas feitas por Babara Pacheco e Lívia Vasconcelos.

-Hoje, quantos filmes alagoanos já estão catalogados no site de vocês?

334 produções audiovisuais cadastradas, sendo 92 videoclipes.

-O que é o projeto e o qual a finalidade dele? Desde quando foi criado?Como funciona? Qualquer produção audiovisual é catalogada e disponibilizada ou existem critérios, gêneros e produções específicas? Como funciona o processo de mapeamento das produções? Há patrocínio ou é um projeto independente?

A vontade de atualizar o livro Panorama do Cinema Alagoano (1983), de Elinado Barros foi a semente para a minha formação profissional, como também ponto de partida para a criação do Alagoar, iniciativa independente voltada à preservação da memória, à difusão e à formação audiovisual. 

-No primeiro momento o desafio era realizar um trabalho de conclusão de curso que tivesse uma função sociocultural, apresentado como uma proposta de Catálogo da Produção Audiovisual Alagoana, de Larissa Lisboa e Bruna Queiroz em 2008. Em 2015 em parceria com Amanda Duarte o Alagoar foi lançado junto a renovação do compromisso de difundir, preservar e ofertar conteúdo para a formação através da reunião de informações sobre o audiovisual alagoano.

O mapeamento das produções tem como base o Panorama do Cinema Alagoano (1983), de Elinaldo Barros, cadastro dos filmes inscritos na pela Mostra Sururu de Cinema Alagoano e Festival de Cinema Universitário de Alagoas, e muita pesquisa. Lançamos uma campanha para divulgar nossos formulários de cadastro em março (http://alagoar.com.br/cadastre/) e estamos na busca por dinamizar essa circulação das informações, reforçar sempre que possível que o Alagoar é um espaço para difundir o que é realizado em nosso estado.

São aceitas somente obras que tenham sido produzidas em território alagoano e que tenham profissionais alagoanos/as na equipe (pelo menos diretor/a). Materiais que incitem práticas racistas, homofóbicas, transfóbicas, misóginas, xenofóbicas etc. não serão publicados no catálogo.

-Qual o impacto que isso causou no cenário do audiovisual, o que mudou com o site, na sua opinião? Como ele atua no audiovisual alagoano, qual a sua importância? Vocês encontraram alguma resistência por parte do próprio audiovisual com o projeto? Alguém criticou ou dificultou de alguma forma o trabalho de vocês, ou a aceitação foi total?

Retornei recentemente de Triunfo onde acompanhei o Festival de Cinema, e tive uma grata surpresa quando um realizador de Natal (RN) ao falar de Alagoas mencionou que conhecia o Alagoar e que acompanhava a produção alagoana através dele. 

Não tenho verdadeiramente a dimensão do impacto do Alagoar. Sei que é muito prazeroso compartilhar informações sobre novas produções, sobre o que está acontecendo, e tantas outras informações. Muito gratificante quando o realizador, agente, pesquisador, interessado entra em contato, comenta, faz menção.

Boa parte da pesquisa pode ser facilitada ou dificultada pelos realizadores/produtores/agentes do audiovisual alagoano. Persisto buscando colaboração para revisar as informações, obter/complementar, mas ultimamente tem faltado folêgo e muitos contatos em que busquei saber de alguma produção audiovisual ainda sem resposta. 

-Quem atua no site hoje? Quem mantém o projeto, quem é a equipe?

Todos que respiram audiovisual em Alagoas são nossos potenciais colaboradores, mas apenas alguns ainda timidamente nos repassam informação. Entre os colaboradores temos Rose Monteiro(pesquisadora), Lucas Lisboa (pesquisador de videoclipes), Rafhael Barbosa (editor da série Cine Ping Pong e repórter), Nilton Resende (revisor da série Cine Ping Pong e de publicações especiais) e Jul Sousa (fotógrafa). Amanda Duarte foi coordenadora de Comunicação entre março de 2015 e agosto de 2016. Estamos buscando colaboradores em design, comunicação ou pesquisa, os interessados podem entrar em contato pela página ou pelo e-mailcomunicacao@alagoar.com.br

-O Alagoar, como você já disse, funciona de forma colaborativa. De que forma as pessoas podem ajudá-los? Didaticamente, como elas fazem pra ajudar vocês com indicações?

Repassando informações. Temos espaço para cadastro de produção audiovisual (http://alagoar.com.br/cadastrar-producao/), Projeto (http://alagoar.com.br/cadastrar-projeto/), cineclube (http://alagoar.com.br/cadastrar-cineclube/), Profissional (http://alagoar.com.br/cadastrar-profissional/) e produtora (http://alagoar.com.br/cadastrar-produtora/). Repassando informações sobre eventos e/ou ações na área pela página ou pelo e-mail (comunicacao@alagoar.com.br). Fazendo críticas e/ou sugestões.

-Existe possibilidade de ampliação do projeto, quais os planos para o futuro?

Possibilidade sempre, mas no momento não estamos conseguindo fazer investimentos nos planos futuros.

-O projeto permite uma interação entre produtores, atores, diretores e demais profissionais do cinema alagoano? Se sim, como?

Tem o intuito de possibilitar a conexão entre os agentes do setor audiovisual através da difusão das obras, entre outras informações.

-Como você vê o atual cenário do audiovisual em Alagoas?

Como vejo a história da minha vida, torcendo pelo amadurecimento ininterrupto. Temerosa pelos retrocessos políticos, mesmo consciente de que há um edital de incentivo estadual/ancine com um orçamento bem maior do que já tivemos, e uma premiação para quarenta filmes finalmente serem licenciados para exibição pública pelo Estado. No entanto, não posso deixar de enxergar o distanciamento entre os gestores culturais e o setor, físico e ideológico, não tenho conhecimento de consultas públicas para elaboração do edital e do prêmio.
Vejo o audiovisual resistindo em Alagoas com ou sem financiamento desde 2005. Sofro pela inexistente difusão dos filmes nas salas de cinema, no MISA (entre outros equipamentos), nas escolas públicas; pelo não consolidação do Núcleo de Produção Digital descuidado pela gestão pública local; pela ausência de investimentos públicos/federais na formação técnica, acadêmica e livre; pelo não reconhecimento dos cineclubes como formadores de público.

Resposta a uma entrevista em 13 de setembro de 2012



Perguntas Feitas por Acássia Deliê


-Primeiro, gostaria de conhecer mais sobre sua carreira. Poderia me falar mais sobre sua biografia até aqui?


Larissa Lisboa. 27 anos. Maceió-AL.


Em 2000, estava no 1º ano do ensino médio no Colégio Madalena Sofia, Nilton Resende era meu professor de Redação. Nessa época Nilton lançou uma proposta de criar um núcleo de vídeo no colégio. Gravamos um vídeo, que não foi lançado. Todos os alunos queriam atuar, não era o meu caso, nessa época descobri o que era ser continuísta e tentava ajudar no que podia. Foi meu primeiro contato com produção audiovisual, mas não cheguei a pensar nessa profissão ao prestar vestibular.


Em 2001/2002, assisti Casamento é negócio exibido por Hermano Figueiredo durante o Jaraguá Cultura, mas não o conheci nessa época.


No meu primeiro ano do curso de jornalismo (2003) tomei conhecimento das disciplinas eletivas de cinema do curso, conheci Almir Guilhermino. Fiquei encantada ao ouvi-lo falar de cinema alagoano, indicar que conhecesse Elinaldo e seus livros. Poucos meses depois organizei uma palestra sobre o Cinema Alagoano, para ouvir Elinaldo e Almir falarem mais sobre.


Ainda em 2003 comecei a longa lista de oficinas de cinema (mais de quinze) em que participei, esta primeira com Marcus Villar da Paraíba (organizada por Hermano, foi quando o conheci). Participei de algumas oficinas ministradas por Hermano Figueiredo, René Guerra, Pedro da Rocha, para citar os alagoanos.


Em 2005/2006 frequentava o cineclube “Antes arte”.


Cursei fotografia (2004) com Celso Brandão, e assim comecei a conhecer a filmografia dele, compartilhar da admiração pela cultura popular. Reencontrei Almir e Celso nas disciplinas de cinema, com Almir em Fundamentos de Cinema (em 2007) e com Celso em Laboratório de imagem (em 2008). Também reencontrei Nilton (2007), que me convidou para participar de uma produção audiovisual, que teve quatro semanas de gravação, grana e equipe reduzida e que nunca foi lançado. Reencontrei Nilton depois em mais dois projetos (2008) que não foram finalizados.


Em 2007/2008 pesquisei a produção audiovisual alagoana, entrei em contato com realizadores de Super 8, realizadores universitários e independentes para compor o meu TCC “Catálogo da Produção Audiovisual Alagoana”.


No final de 2008 comecei a frequentar as reuniões da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas de Alagoas. Comecei a manter contato com Pedro da Rocha, que me dizia para escrever roteiro e fechar cronograma que ele me dava suporte técnico.


Em 2008 iniciei a parceria com Alice Jardim, realizamos o documentário sobre Celso Brandão. Em 2009, tive a ideia de comemorar meu aniversário filmando. Escrevi meu primeiro roteiro de documentário e o filmei, com produção dos Saudáveis Subversivos, Boca da noite e Panan Filmes. Em 2010, filmei meu segundo documentário sem roteiro, com produção de Saudáveis Subversivos e Panan Filmes. Em 2011, produzi um clipe musical que ainda não foi finalizado.


-Filmografia


Efernescer (2008) – documentário

Celso Brandão (2008) - documentário

Contos de Película (2009) – documentário

A idade da coruja (2010) - documentário

Cia. do Chapéu (2011) – documentário, recebeu o prêmio de melhor montagem na 2ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano em 2011.


Sobre Cia. do Chapéu


A ideia de fazer um documentário sobre a Cia. do Chapéu surgiu em 2009 quando assisti pela primeira vez Uma noite em Tabariz, fiquei muito admirada com a peça. Em 2010 ao pensar no projeto que realizaria para comemorar meu aniversário amadureci esta ideia e lancei a proposta para a Cia. que topou. Foi tudo tão casidinho que exatamente na época do meu aniversário eles já tinham planejado uma temporada no Teatro de Arena, onde pude registrar as peças Alice?! e Uma noite em Tabariz, e entrevistar todos os membros da Cia. do Chapéu.


- Você está trabalhando em algum projeto cinematográfico neste momento? Se não, tem algum projeto em mente? Poderia me falar sobre ele? Como pretende produzi-lo?


Neste momento gerencio os projetos do SESC, entre eles tem um projeto cinematográfico que é o Ateliê SESC de Cinema (3ª edição), onde jovens alunos do CEPA estão participando de minicursos para realização de documentários, em parceria com o IZP, Espaço Cultural Linda Mascarenhas, Ideário e Saudáveis Subversivos.


No momento me dedico a videoarte, como membro da Cia do Chapéu estamos em processo de construção de uma videoarte, inspirado na depressão e no vício pelo trabalho, dentro do projeto “No escuro”.


Projetos pessoais estão em pausa no momento, sonho em realizar minha primeira ficção.


- Pelo que entendi, você trabalha hoje em dois lugares: como diretora de comunicação da Panan e como coordenadora audiovisual do Sesc. É isso mesmo? Como conheceu o Henrique e como chegou à Panan? Acredita ser possível "viver de cinema" em Alagoas? É esta sua perspectiva?


Conheci o Henrique através de Nilton Resende. Desde que conheci Henrique em 2009, firmamos uma parceria, onde sempre nos ajudamos em nossos projetos. Em 2009, ele aceitou meu convite para assumir a operação de câmera de Contos de Película, junto com Peixe Dias, e foi responsável pela montagem e finalização. Foi diretor de fotografia, operador de câmera e colorista de Cia. do Chapéu.


Assumi a direção de comunicação da Panan esse ano.


Ainda não acho que seja possível “viver de cinema” em Alagoas, este com certeza seria o meu sonho, mas não é a minha perspectiva. Quero viver o cinema, ainda não consigo enxergar um futuro onde a minha sobrevivência seja apenas proveniente do cinema, mas sei que é possível.


- Você foi citada em pelo menos duas entrevistas como uma cineasta revelação no estado e uma das poucas mulheres a fazer cinema em Alagoas. De fato, todos os meus principais entrevistados são homens. Por que você acha que existe esta predominância masculina no setor? Como você se sente em relação a isto? Acredita que este cenário pode mudar?


Espero que entre as poucas mulheres citadas também tenha surgido o nome de Regina Barbosa, Alice Jardim e Nataska Conrado. Acredito que muitos fatores colaborem para a predominância masculina no setor, mas prefiro focar nos indícios de que a presença feminina tem buscado fortalecimento e consolidação. Nos meus sets de filmagem sempre houveram mais mulheres do que homens. Muitas mulheres podem não estar em destaque como cineastas ou diretoras, mas sinto que estão cada vez mais presentes. Espero muitas mudanças para este cenário, que vão além do gênero de quem assina a direção.



- Quais suas principais referências no cinema, aquelas que a inspiram em seus trabalhos?


Diria principalmente todos os filmes alagoanos que já vi, para citar os que mais recentemente me inspiraram Marinete, de Alessandra Santos, Micaelle Oliveira, Synara Holanda, Tatiana Efrom; Vestido para Lia, de Regina Barbosa e Hermano Figueiredo; O que lembro tenho, de Rafhael Barbosa; e Farpa, Henrique Oliveira.


- Durante as entrevistas que fiz, percebi que alguns profissionais preferem denominar o trabalho que fazem como "produção audiovisual", em vez de "produção cinematográfica". Você também prefere? O que poderia me falar sobre esses conceitos?


Também denomino produção audiovisual, mas não é por preferência, apenas pelo uso da técnica do vídeo. Para evitar a associação com produção em película cinematográfica.



- Busco na reportagem falar sobre a nova "safra" de filmes alagoanos. Desde o DOC TV estamos vendo um número cada vez maior de produções no estado. Por que você acha que isto está acontecendo? Quais as razões que levaram o cinema alagoano a se expandir nos últimos anos?


O Doc TV foi uma iniciativa muito importante, possível através do esforço de Hermano Figueiredo durante sua atuação pela ABDeC-AL. Outra iniciativa foram as oficinas realizadas através do projeto Olhar Brasil. Foram momentos importantes, para o surgimento de realizadores e principalmente para fomentar a vontade de persistir produzindo. O persistir dos realizadores independentes foi agraciado pelo edital de incentivo e pelas mostras competitivas que vislumbramos atualmente. No entanto, a progressão de qualidade da produção audiovisual pode ser ainda maior, uma vez que seja regulamentado e estimulado o incentivo a produção e formação audiovisual.


- Como está filmando seus projetos? Pergunto do ponto de vista técnico mesmo: que tipo de câmera, e equipamentos de som/imagem tem usado? Acredita que essa tecnologia mais acessível é um dos fatores para o incremento do cinema alagoano?


Atualmente uso mídias móveis, câmera do celular. Uso também câmera fotográfica semi-profissional. A tecnologia mais acessível diminui os custos, mas sem financiamento para maturação e distribuição deste material, não tem como surtir num incremento mais abrangente.


- Tem usado equipes de fora ou locais para realizá-lo? Por quê?


Todos os meus projetos foram realizados com recursos próprios e graças a parceria de profissionais locais.


- Como avalia a produção dos novos cineastas? E como enxerga os editais públicos lançados pelo governo estadual para incentivar essas produções? Os valores são suficientes para concretizar projetos? As seleções são isentas? Você chegou a se inscrever nos editais da Secult?


Os trabalhos mais recentes da produção audiovisual alagoana que me conquistaram foram realizados por diretores roteiristas, e não significa que eles foram isentos de erros ou críticas, dirigir o que foi roteirizado implica em conseguir olhar com distanciamento o que foi escrito, e isso é um grande desafio. Foram filmes com maturidade no olhar.

As duas edições do edital são incentivos muito bem-vindos, e que precisam de sistematização e maior investimento. Os valores não são suficientes para o aperfeiçoamento da qualidade da produção. As comissões formadas nas edições anteriores cumpriram seu papel, porém acredito que outro investimento importante para editais é buscar o olhar de profissionais de fora do estado.


Sim, enviei um projeto de documentário na primeira edição, e nesta segunda enviei um roteiro para ficção.