domingo, janeiro 30, 2011

Transporte Ferroviário de Maceió-Lourenço Albuquerque em gestação



Em 2004, aos 19 anos andei de trem em Maceió pela primeira vez. Como convite do professor Celso Brandão, numa da aulas de fotografia pelo curso de jornalismo. Para  as pessoas do mundo todo que precisam pegar metrô, trem ou ambos, cotidianamente,  a dificuldade é imaginar utilizar esse veículo como passeio. 
E eis que viajar de trem para mim sempre foi um passeio fotográfico. Pois por mais que já tivesse planejado em pegar o trem como transporte, nunca o fiz. Principalmente visto que em Maceió o que sobrou da malha ferroviária funcionava principalmente para os moradores do trajeto Maceió-Lourenço Albuquerque.


Em Janeiro de 2010 realizei pela segunda vez o percurso de trem Maceió - Rio Largo, num passeio fotográfico com o grupo Ociosos da fotografia. E hoje ao deparar-me com as fotos não posso dissociar a lembrança da enchente de junho de 2010 que com certeza alterou muito da paisagem que pude fotografar.

E principalmente a vida dos moradores desta região que desde junho sofre dentre outra perdas, com a  deste transporte. O custo da passagem de trem é R$0,50, você consegue imaginar o que é estar há sete meses pagando cinco vezes mais para utilizar os outros meios de transporte?
E ao procurar saber como está a reconstrução e reativação da linha, ainda encontra-se a apatia, pois só após estes sete meses que as obras foram iniciadas. Ainda com a previsão animadora  de finalização em nove meses.
  
"Cerca de três mil usuários deixaram de usar os trens todos os dias. A reclamação é geral, o trem está fazendo falta. As duas estações desativadas por causa da chuva, a Gustavo Paiva e a Lourenço de Albuquerque, serão reconstruídas. Sete meses após as chuvas que atingiram o estado de Alagoas, começou a movimentação de funcionários trabalhando no local." Fonte: Gazetaweb  


Este é o ponto mais irreconhecível hoje, onde os trilhos foram arrancados
 do chão ao forma-se uma cratera.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Serviço de não atendimento ao consumidor - SAC ou SNAC?

Compras de fim de ano.
Para o consumidor um monte de ofertas, às vezes mais chatas que interessantes. Contudo na verdade o grande prêmio não é apenas comprar pelo menor preço, mas receber dentro do prazo e exatamente o que você pediu.
Quem já recebeu o produto aberto, danificado ou incompleto, bem sabe o que estou falando.
Realizei por exemplo duas compras às vésperas do natal de 2010, uma no dia 22 de dezembro, paguei no dia 23 e só recebi confirmação no dia 03/01/2011. A segunda compra foi realizada no dia 24 de dezembro e confirmada no dia 27/12. Obviamente que neste mesmo dia em que a outra compra foi confirmada tentei o atendimento onine da Americanas.com que estava sem funcionar e tentei o email (do qual obtive apenas um aviso de recebimento da mensagem nunca qualquer resposta). E já no dia 03/01, liguei três vezes para o atendimento da Americanas.com, perdi a manhã e nem fui atendida, mesmo depois de esperar  meia hora, a ligação caiu.
Contudo a gente tende a esquecer esses  não atendimentos, principalmente quando os produtos chegam intactos, mesmo atrasados. E isso colabora para deixar as pessoas que não receberam  seus produtos completos e intactos sem força na hora de reivindicar um bom serviço, por isso copio a história de minha amiga abaixo postada no Reclame aqui.

E você aí, não hesite em reclamar de qualquer não atendimento, pois por mais que possa parecer apenas você reclamando, muitos irão se identificar e possivelmente engrossar o coral na busca por um atendimento respeitoso e de qualidade.
Colabore passando essa história também adiante na torcida para que a Americanas.com consiga superar a dificuldade em entregar o produto comprado em perfeitas condições e sem desgastar o consumidor.

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No fim de dezembro eu comprei uma caixa do caixa limitada com todos os romances de Chico Buarque (Leite derramado; Budapeste; Benjamim e Estorvo), da Editora Companhia das Letras. Entretanto, agora no mês de janeiro (mais precisamente no dia 11), chegou em minha casa apenas um livro comum. A embalagem estava perfeitamente lacrada e a nota fiscal que acompanhou o produto correspondia a nota fiscal da minha compra, R$99,90 pela Caixa do Chico Buarque.

Entrei em contato com a Central de Atendimento da Lojas Americanas ainda na mesma manhã do dia 11 na qual chegou o produto errado na minha casa. Fiz a reclamação e me informaram que em 48 horas a Lojas Americanas entraria em contato comigo. Isso não aconteceu, então eu retornei a ligação e uma das atendentes (que infelizmente não peguei o nome) me afirmou que o problema estava resolvido e que na segunda-feira (17) o produto seria entregue na minha casa. Perguntei a ela se era só isso mesmo e como faria para entregar o produto errado e ela me falou que na mesma hora que a transportadora viesse entregar o produto correto eu faria a troca.

Fiquei feliz com o resultado e aguardei. Dia 17 passei o dia todo em casa (ainda que tivessem coisas a resolver) aguardando o produto. Não chegou. No dia seguinte (terça-feira, 18), liguei novamente, falei com Flávia. Depois de uma longa espera no telefone (como sempre), ela me informou que na verdade meu pedido de troca não havia sido aberto. Expliquei a ela todo o ocorrido a cima e que não era exatamente um pedido de troca como se eu não tivesse gostado de um produto que comprei, mas era uma correção da loja que me entregou um produto errado. Ela foi entrar em contato com a supervisora. Ao retornar, ela me informou que havia aberto mesmo um procedimento de troca e que eu aguardasse 48 horas novamente para o contato com a loja. Achando um absurdo, porque eu já estava há uma semana esperando que isso fosse resolvido, procurei ao menos saber o que tinha acontecido na semana anterior, se a atendente havia mentido para mim sobre estar tudo resolvido e o produto ser entregue no dia 17 ou se ela havia visto um número de protocolo errado. O que ela me disse foi "ela prometeu um prazo pra senhora e fez outra coisa, ela abriu um pedido de reclamação de produto incompleto". Eu realmente queria poder dizer que os atendentes do SAC não tinham nada a ver com essa história, mas eu fui enganada, isso é absurdo, ainda mais para uma loja grande como as Lojas Americanas.

Decidi esperar as 48 horas. Na quinta liguei, fui atendida por Rosângela. Contei novamente toda a história. O que recebi de resposta foi que eu fiz o contato na terça-feira e que o prazo dado havia sido de 48 horas e que eu tinha que aguardar o contato até hoje (sexta-feira) às 21 horas da noite, porque o setor responsável para a resolução deste problema estava dentro do prazo e ela não poderia cobrá-lo já que ele não estava em atraso. Primeiro, esta atendente obviamente não sabe o que significam 48 horas. Eu liguei na terça-feira por volta das 14h30. De 14h30 de terça-feira às 14h30 de quarta-feira nós temos 24 horas. De 14h30 de quarta-feira às 14h30 de quinta-feira nós temos 48 horas. O que ela poderia no máximo ter feito era pedido pra eu ligar dentro de 2 horas, já que o meu contato foi feito entre 12h45 e 13 horas. Segundo: ela não pode cobrar um setor que, em tese, não está em atraso, mas eu, como consumidora, posso esperar mais de 1 semana para a resolução simples de um produto?

No momento acabei não questionando. Liguei hoje (sexta-feira, 21) novamente e tudo o que a moça do atendimento me respondeu foi que fez outro protocolo e reforçou a urgência de atendimento do protocolo anterior. Disse que eu tenho que aguardar até hoje, às 21 horas. Por enquanto, ainda aguardarei.

Resumindo: estou com este produto em atraso, fui enganada pela atendente e estou sendo mal atendida. Tenho certeza que este não é um bom marketing para a loja.

Pedaços de mim

A partir do momento que comecei a usar a máquina fotográfica para registrar os momentos de minha vida, ficou difícil de não querer fotografar cada vez mais, chegando ao ponto dos amigos denominar a minha máquina como "extensão do meu corpo". Contudo muito momentos só ficam registrados na memória mesmo.

Tava olhando o meu mural de fotos, pois é finalmente tenho um. Com a digitalização das fotografias, tornou-se menos costumeiro o ato de revelá-las. E observar o mural me dá alegria ao vislumbrar os pedacinhos feitos por mim ou dos quais fiz parte.
Como essas três aqui, fotos da equipe que participou da filmagem do meu filme de aniversário de 2010. Foram três dias loucamente intensos e maravilhosos.
Cia do Chapéu, amigos queridos. 
Panan filmes parceiros dedicados. 
E entremeios que é reflexo do carinho entre amigas do peito.

Essas são fotos do  meu olhar e meus experimentos.
Essa aqui no canto, da projeção, foi a primeira vez que peguei numa câmera e fui filmar (foto de Tuca Siqueira).
O primeiro mobile de origami que fiz para minha irmazinha.
Meu ensaio com bola de sabão.
E essa galega linda é minha amada Lollipop.

Abaixo o mural completo.

domingo, janeiro 16, 2011

Como faço uma animação?

Fiquei muito feliz em receber um pedido por comentário de L. S. Alves e tô aqui atendendo. 


Captura do Movimento 
Vou deixar claro que minhas animações seriam melhores caso eu tivesse um câmera fotográfica como recurso de disparo contínuo, também chamado de Burst Mode, onde várias fotos são tiradas consecutivamente enquanto mantiver pressionado o “botão do clique”.
No meu caso faço as fotos em sequência com intervalo de um segundo entre a captura, o que acelera o movimento e não mostra todo o trajeto deste.
Observação:
Já tive contato com câmeras que levam mais que um segundo para capturar uma imagem e isso não permitiria um bom resultado ao tentar animá-las depois.

Outro recurso que colabora na captura do movimento é manter o eixo de posicionamento da câmera, um tripé garante isso. Contudo como também não disponho do tripé, faço as animações apoiando em algum lugar ou à mão livre mesmo, sempre prestando atenção na continuidade do enquadramento.


Fotos = frames
Frame é um termo utilizado para denominar uma imagem fixa de um vídeo. Tenho conhecimento que no cinema cada segundo tem 24 frames e no vídeo em média 29, contudo quando vou capturar ou na edição quando ajusto o tempo de duração de cada imagem nunca parei para contabilizar direito. 
Em média as animações que já fiz precisaram de 300 a 500 fotos ou mais. 
Para mim tirar muitas fotos é sinônimo de um momento bem aproveitado, por isso logo no começo eu só percebia que tinha uma animação depois de averiguar que tinha feito muitas fotos continuas  de uma ação ou determinado momento.
No caso por exemplo de Na mão, que foi a primeira animação que fiz, a ocasião foi um ensaio fotográfico com os objetos para enviar para uma seleção, quando terminei e fui ver as fotos na câmera, apertei e segurei para vê-las passando continuamente, assim percebi que tinha uma animação.
No entanto, para finalizar, precisava do áudio, que para mim acaba sendo o mais difícil já  que não curto  piratear sons nas trilhas dos meus vídeos, nesse caso pedi a um músico (Marcelo Marques) que criou um lindo desenho sonoro. 




Edição
Costumo fazer a edição no Sony Vegas, mas também pode ser feita num programa mais simples tipo o Windows Movie Maker ou em outros programas profissionais de edição de vídeo. Contarei como foi a edição recente do IZP/Reca para ilustrar.


Área de trabalho do Sony Vegas 7.0, As fotos fixas maiores no começo e depois  bem estreitas que são as animadas.
Observação:
Para adicionar as fotos a linha de edição você pode arrastá-las da janela das imagens para o programa ou "File"  e apertar "import". As imagens aparecerão primeiro nessa janela inferior esquerda, depois é só arrastar para a linha de edição.


Fui registrar a grafitagem do estúdio Reca, como não fui com a ideia de fazer a animação e para ilustrar o começo do processo utilizei umas fotos paradas, onde através do recurso de zoom com movimento fiz os efeitos apresentados no vídeo. Mostro como ativar esse recurso nas fotos abaixo.


Em cada imagem ou vídeo adicionado no Sony Vegas aparece no canto direito este quadrado e o +. No quadrado você pode ajustar o enquadramento da foto, determinando se o zoom será fixo ou com movimento.


Ao dar um clique duplo em qualquer espaço de tempo desta linha mostrada pela seta inferior e  ajustar os limites de enquadramento (seta superior), o zoom transcorrerá do início da imagem até o tempo marcado.


Ajusto o tamanho das imagens no olho mesmo, sempre entre 30 milésimos de segundo ou 0,5 segundo quando quero colocar uma velocidade rápida ou 01 segundo quando quero mostrar na velocidade normal. Claro que também pode-se aumentar mais que 01 segundo para deixar mais lento.
Observação:
É interessante perceber que você pode inverter a ordem dos acontecimentos ou até mostrá-los de trás para frente, ou no curso normal mesmo.


Infelizmente não tenho muitas dicas na questão de áudio, pois peço para usar músicas de bandas amigas ou procuro áudios de uso livre (creative commons).


Como minha explicação foi pouco técnica indico alguns links bacanas com mais informações sobre Como fazer uma animação:
Programas de animação
Como fazer desenho animado
Como fazer animação em 10 lições

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Making of animado - IZP/Reca

Registrar um momento é sempre muito bom e quando leva-se ao pé da letra e tem-se uma foto por cada segundo daquele momento, vira um registro animado, animação fotográfica. E como sou fissurada em tirar muitas fotos e animá-las, confiram em Animar é preciso
Estive na realização da identidade visual do IZP pelo Estúdio Reca. Presenciei o talento desta galera  e  fotografei o belíssimo trabalho realizado por eles.

terça-feira, janeiro 11, 2011

Porta-Reflexo

Ensaio realizado em Janeiro 2010 na Praia de Marceneiro - 
Passo de Camaragibe/ AL - Brasil
Veja o ensaio completo em http://www.flickr.com/photos/lisboalarissa

sábado, janeiro 01, 2011

2011 transpirando cinema

A partir  de  2009 criei o hábito de trocar festa ou  farra para comemorar meu aniversário por concentrar esforços para filmar algum projeto no meu aniversário. O primeiro filho deste hábito foi Contos de Película (2009), o segundo foi gravado em 2010 ainda  em fase de finalização, e o terceiro já está como embrião plantado, quer dizer que estarei concentrando esforços e maio com a graça de Deus filmarei um novo filho, realizada e feliz.

E para continuar transpirando cinema resolvi deixar  indicações dos filmes que  me marcaram em 2010, mesmo os que não foram lançados neste ano, rs Vai ser uma lista curta pois minha memória não guardou tudo, rs

Duas animações que me arrebataram.
Wall-E (2008), produzido por Disney e Pixar, com direção de Andrew Staton, assisti com dois anos de atraso, vai saber porque mais não fui atraída pelos apelos do lançamento do filme.Contudo é um filme lindo que  me comoveu profundamente e ainda o faz só de falar sobre. Wall-E  é um robô que vive numa versão do planeta Terra abandonado e sobrecarregado por tralhas, as quais cotidianamente Wall-E trabalha para reduzi-las, tendo como companhia apenas uma barata (nem é muito nojenta), até que um dia surge uma visitante e a persistência de Wall-E  faz toda a diferença dentro e  fora do planeta.

Mary and Max (2009) animação australiana, dirigida por Adam Elliot. Despertou meu interesse desde o site http://www.maryandmax.com/ Mary é uma criança diferente e solitária que decide escolher num catálogo de endereços escolher um desconhecido para o qual dirige suas dúvidas em busca de  esclarecimentos. Max é um senhor solitário que vive uma rotina introspectiva e pacata. Ambos identificam-se e através da troca de  experiências Mary and Max traçam uma amizade com seus altos e baixos e principalmente com  muita vida.

Longas:

Terra Deu, Terra Come é um documentário de Rodrigo Siqueira, que conta a história do garimpeiro Pedro de Almeida habitante do quilombo Quartel do Indaiá, distrito de Diamantina, Minas Gerais. De uma maneira espontânea Rodrigo conduz a vivência com o personagem mostrando histórias e registrando a celebração de um cortejo fúnebre, tradição herdada da África. http://terradeuterracome.com.br

Mundo Alas é um documentário, de León Gieco,  Fernando Molnar e Sebastián Schindel, inspirador que registra a turnê pela Argentina de um grupo de talentosos artistas. Jovens deficientes que cantam, dançam, pintam são convidados para formar um grupo e encantar as platéias que os contemplam.  http://www.mundoalas.com.ar/

A mão e a Luva é um documentário simples, bem feito e arrebatador, de Roberto Orazi, que apresenta a luta de Rricardo Gomes Ferraz "Kcal" em consolidar e  manter a biblioteca comunitária no bairro do Pina, Recife-PE. O traficante de livros Kcal iniciou coletando livros por paixão, com muito bom humor e poesia, vislumbramos a modificação e beneficiamento promovido através da leitura.

Curtas:

Aloha, de Paula Luana Maia dos Santos e Nildo Ferreira, é um documentário sobre surf adaptado. É indescritível poder ver este registro das realizações e superações de pessoas com deficiências que tiveram acesso ao surf.

Eu não quero voltar sozinho, de  Daniel Ribeiro, é uma ficção que retrata a vivência de um adolescente cego num colégio regular. Encantamentos da adolescência, amores  e amizades.