terça-feira, dezembro 31, 2013

Calor humano pra vida toda

Os melhores momentos de minha vida não receberiam essa classificação se não fosse o calor humano recebido da família, amigos e companheiros de vida.
Olho do começo ao final de 2013 e vou rememorando toda a força e carinho que recebi nas escolhas que fiz pelo caminho que tracei.
Aquele sorriso compartilhado, aquela folia vivida, aquela mensagem que recebi ou que mandei.
Foi um ano em que redescobri abraços, aprendi um pouco mais sobre companheirismo, aumentei a admiração pelas pessoas que convivi e conheci um pouco mais sobre mim.
Dedico este post a você que esteve comigo este ano fisicamente ou virtualmente.
Agradeço a Deus pelo aprendizado,  alegrias,  família, amigos e companheiros.

quinta-feira, dezembro 26, 2013

54 réguas ou 18 caleidoscópios

Infelizmente não fiz fotos do passo a passo nem das réguas.
Quando fui comprar não encontrei as 54 réguas do mesmo tamanho, escolhi o tamanho de 15 cm para a maioria, gostei mais do que as de 20 cm, mas comprei desse tamanho também.
Comprei três de 30 cm, pois eram mais largas e grossas, consegui partir no meio e rendeu dois caleidoscópios.

O comprimento e a largura das réguas tem como resultado bordas maiores ou menores no enquadramento, como busco diminuir a borda preta que aparece nas fotos tenho experimentado diminuir o comprimento das réguas e aumentar a largura.


Parte dos caleidoscópios reunidos.

Caleidoscópio a partir de réguas com 15cm de comprimento e 3,5 cm de largura. Este caleidoscópio não foi fechado com enfeites.

16 caleidoscópios foram fechados com lantejoulas de três cores diferentes, abaixo coloco fotos de 09 deles. Não dá para ver uma grande diferença de enquadramento dos caleidoscópios com 15 cm ou 20 cm de comprimento, pois a largura destas réguas era similar.


Caleidoscópio A

Caleidoscópio B

 Caleidoscópio C

Caleidoscópio D

 Caleidoscópio E

 Caleidoscópio F
Caleidoscópio G

 Caleidoscópio H
Caleidoscópio I

Coleção: Bolas de natal

As minhas companheiras bolas de natal que me renderam boas experiências desde novembro passado foram aposentadas. Como não encontrei substitutas ou as que encontrei estavam caras, não fiz ensaios novos, apenas registrei alguns encontros com bolinhas ou bolonas.

Minha mãe comprou novas bolinhas para a árvore de natal, claro que não resisti.




Esta foi a maior bola que já peguei, a mais cara que já vi também, por isso não levei comigo.

Sim esse natal foi todo de bolas vermelhas, rs

domingo, dezembro 15, 2013

2011, um ponto de partida

Lembro que de uma maneira geral a previsão da astrologia ditava que 2011 era um ano para semear o que seria colhido dali por diante.
Isso desencadeou em mim uma vontade desenfreada de traçar um caminho e uma ansiedade em garantir boas sementes.
Durante o percurso não consegui achar a linha, tudo parecia bastante tortuoso.
Comecei o ano com um novo trabalho, e no primeiro mês deste fiquei sabendo de uma seleção para analista de audiovisual do SESC, participei, foi uma experiência inusitada, mas não fiquei com a vaga.
Fiquei triste, mas também ficaria triste de deixar o novo trabalho pois havia muitas expectativas e estava empolgada.
No entanto, vi o projeto para o qual havia sido contratada morrer em poucos meses e fui me virando para lidar com outras demandas que surgiram, pois o contrato só findava em 2012. Foi difícil, pois estava sem a clareza de qual era a minha função, o que foi se construindo e só teve mais definição com o tempo.
Não me sentia reconhecida e estava insatisfeita profissionalmente, passei o ano tentando me posicionar como analista de conteúdo online e não parecia que estava saindo do lugar.
No começo do segundo semestre a minha família estava se recuperando, entre março e junho, nossos corações sofreram três baques. Dois recomeços, duas vidas que celebramos e agradecemos que estejam sendo vividas.
Dentro desta conjuntura um fato bastante dissonante foi o meu impulso de comprar os ingressos para o Rock in Rio, comprei-os em fevereiro, sem hesitar.
O que dizer da viagem para o Rio de Janeiro... Lá estive pela primeira vez, lá aos pés do Cristo Redentor fui tomada por toda a gratidão guardada em meu peito pela recuperação dos meus familiares, um dos momentos mais marcantes de minha vida, ainda mais quando ao abrir os olhos pude apreciar o reflexo gerado pelo mármore.
Cristo Redentor - Corcovado - Rio de Janeiro-RJ
Postei outras fotos deste momento em outros dois posts na época, Cores e correção e O tempo voa...
Foi a segunda vez que viajei sozinha para encontrar amigos no destino. Gostei tanto dessa prática, e foi através dela que este ano fiz minha primeira viagem internacional.
O encantamento com o Rio ficou explicito na memória e nas fotos. Este ano pude retornar por lá e foi muito bom rememorar e experienciar o Rio mais uma vez e alimentar a vontade de voltar por lá.
Foi em 2011 que comecei a assumir a minha paixão por reflexos. Foi um ano também de nascimento e fortalecimento de amizades que cultivo até hoje.
Eis que somente por esses dias finalmente revelei fotos de 2011, entre outras mais antigas ou mais recentes. Não sei exatamente há quanto tempo não revelava fotos, talvez dois anos ou mais. Fui surpreendida com a emoção que me tomou ao visualizá-las. E foram elas que instauraram todo esse clima de retrospectiva.
Só então ficou claro que colhi as sementes plantadas. Pois, já estou a um ano e meio ocupando a vaga daquela seleção para analista de audiovisual. Hoje não vivencio mais aquela tortuosidade, desanimo e insatisfação.
Aprendi um bucado. Duvidava que chegaria em algum lugar, mas ao me despir das expectativas, consegui identificar e desfrutar das oportunidades, até enxergar o ponto de partida e os seus frutos.
Colho o amadurecimento e o reflito através de palavras, ações e imagens.
Agradeço imensamente pelas graças alcançadas em 2011 e continuo semeando.

domingo, dezembro 01, 2013

Estar mal estar

Estar, mal, estar
Estar mal, estar
Estar, mal estar
Mal ou bem? Estar ou não estar?

Apenas um mal estar
Estar mal apenas

terça-feira, novembro 26, 2013

Sofreguidão

Fui procurar impaciência, encontrei sofreguidão.
Fui procurar sofreguidão, encontrei sôfrego.
Fui procurar sôfrego, encontrei paciência.
Mas não encontrei a minha paciência e tão pouco estou paciente.

domingo, novembro 10, 2013

Três réguas = Caleidoscópio

No post sobre caleidoscópio que escrevi em outubro, colei um vídeo que mostra como construir um com réguas escolares. Fiz alguns testes, com réguas de 20 cm e de 30 cm, vi que funcionava, mas me incomodava o tamanho e a qualidade das imagens que conseguia capturar.

Curioso que apenas ao unir as réguas fazendo um triângulo antes mesmo de isolar o "tubo" já é possível visualizar a imagem "caleidoscópica" mesmo que na claridade.

Primeiros testes com régua de 20 cm.

E assim optei por diminuir o tamanho das réguas para 8 cm e 10 cm, gostei mais do resultado. É possível isolar com cartolina preta, papel preto, fita isolante, ou até mesmo conseguir bons resultados apenas com uma parte do caleidoscópio isolada no preto e outra transparente ou mais clara. 
Como meu objetivo é retratar o que está a minha volta não fechei os meus caleidoscópios nem com cartolina, nem com enfeites.

Nesta foto dá para ver melhor que são réguas verdes, cortei elas em 10 cm.

Vale testar o foco, a luz, objetos, paisagens, o que você quiser.

Janela do meu quarto.

sábado, outubro 26, 2013

Dilatação

Nem sempre é fácil lembrar que uma palavra que se tem o hábito de usar negativamente, também possui significados positivos. Dilatação em meu cotidiano simboliza desgaste, e aí consulto meu amigo dicionário para recordar de que ao dilatar pode-se maturar. Sou a favor do amadurecimento, aprendizado, desenvolvimento, mas como superar o demorar, o diferir ou o retardar? E como prevenir para que ao dilatar não se priorize outras coisas e evitar o esquecimento ou abandono?

dilatar 
di.la.tar 
(lat dilatarevtd e vpr 1 Aumentar(-se) o volume de: O calor dilata os corpos. Dilata-se o coração com o sangue que nele se precipitavtd e vpr 2Distender(-se): Dilatar as narinas. "O ventrículo se aperta e se dilata" (Morais).vtd e vpr 3 Acrescentar(-se), ampliar(-se), aumentar(-se): Dilatar uma possessão, um domínio. Os conhecimentos científicos dilatam-se dia a dia.vpr 4 Desenvolver-se; crescer: Seu poder dilata-se, avançando sempre. vtd 5Divulgar, propagar: "Foram dilatando a fé e o império" (Luís de Camões).Dilataram por todo o mundo a sua doutrinavtd 6 Demorar, diferir, retardar:Tramavam obstáculos, para irem dilatando o casamento. Dilatou por mais um ano a concessãovtd e vpr 7 Prolongar(-se): Dilatar o prazo. Dilatavam-se as plantações por todo o valevpr 8 Discorrer detidamente sobre um assunto. vtd e vpr 9 Desafogar(-se), desoprimir(-se): Saiu ao jardim a dilatar o peito. Passadas as apreensões, como que se lhe dilatava o coraçãovpr 10Derramar-se, espalhar-se: A multidão dilatava-se na enorme praça. Sentia o sangue dilatar-se brandamente pelas veias.


Fonte: Dicionário Michaelis

quinta-feira, outubro 24, 2013

Você sabe o que é tacanhice?

tacanhice 
ta.ca.nhi.ce 
sf (tacanho+ice1 Ação ou qualidade de tacanho. 2 Sovinice, mesquinhez.


tacanho 
ta.ca.nho 
adj (cast tacaño1 De pequena estatura; pequeno. 2 Acanhado. 3 Apoucado, inhenho, parvo, imbecil. 4 Avarento, mesquinho, sovina. 5 Manhoso, velhaco, enganador, ardiloso. 6 Sem largueza de vistas nas suas ideias; estreito.


Fonte: Dicionário Michaelis


Como desestreitar o pensamento? Eu acredito na educação, mas sinto que tem muitos que ensinam com tacanhice e o que poderia proporcionar um despertar acaba contribuindo para o retrocesso.

Estava aqui pensando em fazer um curso recém-lançado de uma faculdade e pensando o quanto o pensamento e a postura da comunidade acadêmica ainda está repleta de tacanhices, talvez até pensar isso seja tacanhice também de minha parte, o que você me diz? 

terça-feira, outubro 22, 2013

Vidro de aumento, apenas o começo

lupa1
lu.pa1
sf (fr loupe1 Lente convergente biconvexa, para a observação de pequenos objetos, cujo diâmetro aparente ela aumenta; microscópio simples; vidro de aumento. 
Fonte: Dicionário Michaelis

Encontrar uma lupa, por via de regra não é conhecido como um momento marcante. Meu primeiro encontro fotográfico com uma lupa, foi quando Amanda Nascimento (www.facebook.com/camaraensi) me mostrou que era possível projetar o reflexo do que ela captava, entre 2010 e 2011.

Este ano estava na casa de Alicia Schemper, professora de fotografia, quando observei que a varanda dela estava refletida numa lupa. Fiquei fascinada e na tentativa de tirar uma foto melhor quase deixei a lupa cair no chão, minha tarde fotográfica quase terminou antes de começar. Passado o susto, grudei e quando percebi já estava rodopiando com a lupa pela casa dela.



Consegui me desgrudar da lupa de Alicia com muito pesar, rs
Recentemente, comprei duas lupas e fiz uns testes aqui em casa, com elas juntas e separadas, mas ainda tem muito o que experimentar, não só em interação com ambientes, como também em tamanhos de lupas.



Utilizei como fundo nesta foto acima um quadro com cores escuras e pude ver com mais clareza o reflexo gerado pela sobreposição das duas lupas.



Pode ser em alta ou baixa definição, os reflexos sempre me tiram o fôlego.

domingo, outubro 20, 2013

Consciência da própria existência

Consciência da própria existência é uma das definições pelo dicionário Michaelis do que é conhecimento.
Tenho o dicionário como favorito na barra de favoritos do meu browser desde que descobri que já podia acessá-lo virtualmente.
Fui apresentada ao dicionário assim que aprendi a escrever. Como toda criança, a primeira vista também tinha preguiça e achava chato consultar o dicionário. Mas ao perceber que era uma maneira de entender um pouco mais sobre o significado das coisas, tornou-se natural visitá-lo sempre que necessário, depois até que dava vontade.
Após assumir o meu lado comunicativo, as visitas ao dicionário, a wikipédia, ao google, e aonde mais pudesse obter informações, tiveram inúmeras funções e significados.

E nessa reflexão sobre a consciência, a existência, os significados, as palavras, revisito a vontade de contar histórias e aprender sobre cognição, comunicação, formas e signos.

De buscar formas para contar sobre a consciência da existência, como é a sua?

A minha é hiperativa, perdida no mar em que meus pensamentos navegam. Às vezes parece imperceptível, talvez esquecida, cansada, desesperançosa. Torna-se quase palpável quando o coração bate mais rápido ou quando os meus sentidos são estimulados. Minha paixão mais latente me permite buscar sempre representar visualmente a minha maneira de sentir e ver o que está ao meu redor, bendita grafia fixa ou em movimento que dá um brilho ao meu existir.

consciência 
cons.ci.ên.cia 
sf (lat conscientia1 Capacidade que o homem tem de conhecer valores e mandamentos morais e aplicá-los nas diferentes situações. Rel Testemunho ou julgamento secreto da alma, aprovando ou reprovando os nossos atos. 3 Cuidado extremo com que se executa um trabalho. 4 Honradez, retidão. 5 Conhecimento.Psicol Percepção imediata da própria experiência; capacidade de percepção em geral. Com a mão na consciência: com sinceridade. Meter a mão na consciência: examinar bem os próprios atos ou sentimentos. Ter consciência: ser incapaz de uma indignidade. Ter a consciência elástica: não ser muito escrupuloso. Ter a consciência limpa: estar convencido de haver procedido bem.

Fonte: Dicionário Michaelis

Se você tiver alguma recomendação de leitura, ficarei feliz em recebê-la.

domingo, outubro 13, 2013

cáli+eidós+scopo+io

Dar um presente é um gesto de carinho.
Só de me apresentar aos Caleidoscópios ou Calidoscópios na feira de San Telmo, Amanda já estava iluminando o meu olhar. Quis comprar um, hesitei, eis que Amanda me deu de presente. E como retribuição eu tento me presentear e presentear a todos através de vídeos e fotografias que faço através dele.

Por definição Calidoscópio é um tubo com espelhos que refletem objetos coloridos.
É possível construir um com réguas escolares, confira no vídeo abaixo.


calidoscópio 
ca.li.dos.có.pio 
sm (cáli2+gr eidós+scopo+io2) Fís Aparelho óptico formado por um tubo de cartão ou de metal, com pequenos fragmentos de vidro colorido que se refletem em pequenos espelhos inclinados, apresentando, a cada movimento, combinações variadas e agradáveis. 2 O que se assemelha a um calidoscópio, pela variabilidade do aspecto. Var: caleidoscópio.

Fonte: Dicionário Michaelis


Felizmente o meu Caleidoscópio é uma luneta, tem as três réguas de espelho, mas não é fechado com objetos coloridos, ele possuí metade de uma ximbra ou bola de gude na extremidade que funciona como uma lente convexa.

O que tem me proporcionado ver tudo a minha volta multiplicado e lindamente abstrato. Para conferir todos os vídeos que fiz com minha lunetilda, clique aqui.

Ações simples como olhar a paisagem em uma janela, através da luneta caleidoscópica transforma-se numa imersão abstrada entre a paisagem e suas formas.



quinta-feira, outubro 10, 2013

Com Estrela | Para não contrariar Ronald Raj

Não sou especialista em categorizar ou organizar nada, livros, roupas, filmes, fotos, e-mails, até as postagens neste blogue, e o que falar dos meus pensamentos, medo.

Isso tudo porque mais uma vez fui olhar os e-mails marcados com estrela e redescobri o que tinha ficado soterrado no fundo da minha memória. E aí vem o alívio ainda bem que eu marquei com estrela, e hoje decidi ver o que estava assim.

Tenho marcadores, no meu e-mail pessoal, uns vinte, deve ter uns dois anos que eles não tem muita serventia. No meu e-mail do trabalho sinaliza melhor, mas ainda é pouco. Se para você a sinalização "automática" do gmail "importante" tem alguma serventia, fico feliz por você. Pois pra mim de nada serve. Os filtros são bacanas, principalmente para isolar o que você não tem coragem de jogar no spam ou na lixeira.

Basicamente o que me falta é um estudo de categorização, para desenvolver uma lógica que permeie a organização de todo o espaço que habito, quem sabe quando a melhor idade chegar. Arrumo as roupas por cor ou quase isso, os filmes em qualquer ordem. A organização de minhas fotos é muito infantil, apenas dou nome qualquer as pastas. Um dia eu ainda chego num sei onde.

Sim, mas como todo bom desorganizador, eu me acho na minha bagunça, rs

segunda-feira, junho 24, 2013

Antes e depois, amanhecer ou pôr-do-sol

Um rapaz e um moça que se conhecem em um trem e decidem passear por Viena e desfrutar da companhia um do outro.

Faz oito anos que assisti pela primeira vez ao filme Antes do Amanhecer, lembro que achei o título estranho, sem indicação de um amigo dificilmente o assistiria. Pouco depois assisti também a sequência Antes do Pôr-do-sol. 

Fiquei encantada com a poesia e o romance apresentado através da história daquele casal, e julguei que o mais próximo que poderia chegar daquela qualidade estética seria criando alguma história de amor.

Reassisti-os mais uma vez na expectativa de conhecer a nova sequência, Antes da Meia-noite.

Não teria como processá-los da mesma maneira que da primeira vez. Fui redescobrindo aquela história de dois desconhecidos que se apaixonam em um dia e ao mesmo tempo redescobrindo a minha, percebendo   mais semelhanças do que pensei ser possível.

Um rapaz e uma moça que se conhecem em um alojamento em Recife, reencontram-se em um show e desfrutam da companhia um do outro. 

Eu tinha vinte e dois anos quando viajei para Recife para um encontro de estudantes de história. No último dia conheci um rapaz, passamos um madrugada em claro conversando e ao raiar do sol nos separamos, ele voltou para Bahia, e segui para Alagoas. 

Conversamos nos dias que se seguiram sobre um reencontro, sobre nosso encontro, sobre o dia-a-dia. A distância facilita desentendimentos e assim as conversas ficaram desencontradas e reencontros parecem impossíveis. Aquele encontro ainda inspirava ambos, tanto que o rapaz decidiu conhecer Alagoas. Ainda me lembro do nosso encontro desencontrado na Rodoviária. Foi um dos dias mais marcantes de minha vida, no dia seguinte antes do Pôr-do-sol estávamos novamente na Rodoviária nos despedindo.

Você também já viveu algo parecido? Imagino que como estas histórias ainda existem tantas outras, e espero ainda poder desfrutar e conhecer algumas delas.



quarta-feira, março 20, 2013

Audio visual

Ver e/ou ouvir, interagir, audio + visual.
Não é audiovisual, mas também é, oi?


Para falar de audiovisual é preciso ser audio visual. Sim, também é possível falar só com o audio ou expressar-se só com o visual. No entanto, para mim o êxtase está mais acessível e recorrente através do audio visual e do audiovisual.

Estou aqui querendo chamar de audio visual a experiência de estar em grupo, de unir a fala e a expressão corporal. E afirmando que o audiovisual nasce dessa experiência.

Para concretizar uma ideia através da imagem em movimento, é importante compartilhá-la e amadurecê-la em grupo, em princípio unir o audio ao visual, na prática desvendar e transpirar audiovisual.

sábado, fevereiro 02, 2013

No Jaraguá e na folia


Em 2010, foi uma das primeiras vezes que me recordo de ficar ansiosa pelo Jaraguá Folia. Desde que fiquei sabendo sobre esta iniciativa, pouco antes, já achava muito interessante, mas não fazia parte, nem sabia onde me encaixar.
Foi com a primeira edição do Grito Rock no Jaraguá em 2010 que me senti parte dessa folia. Ficava admirada de estar diante de um palco que estava tocando de tudo que não era dito como carnavalesco, no meio de tanto carnaval. Me dividia entre ver os blocos passando e prestigiar as bandas. Em 2011, voltei ao Grito Rock e prestigiei a sensacional Camarones Orquestra Guitarrística da qual me tornei fã. E não posso deixar de passar por lá, para prestigiar esta iniciativa que despertou o público a aproveitar a sua maneira aquele dia de folia. Parabéns Popfuzz Coletivo pelo empenho, profissionalismo, talento, garra, por tudo!

Entre 2011 e 2012, um grupo começou a se formar, por amigos apaixonados por cinema, que decidiram apostar que seria prazeroso celebrá-lo no corredor da Folia. Depois de muita dedicação para organizar o bloco, mobilizar o público (cinéfilos, realizadores, conhecidos e desconhecidos), arrecadar dindin e contratar banda de frevo, criar o hino do bloco, decidir a fantasia, preparar o estandarte e tantas outras coisas.
Restava colocar o bloco na rua e vivenciar todas as histórias resgatadas pelas fantasias de personagens do cinema, toda a euforia e irreverência em desfilar pelo Jaraguá Folia.
Em 2013, No escurinho é mais gostoso encantou pela segunda vez a todos que o viram e prestigiaram. É preciso agradecer a dedicação de todos que embarcaram na maratona de trazer ainda mais irreverência e criatividade para o Jaraguá Folia. Agradecer também aos que vestem a camisa do No escurinho o ano inteiro e nos contemplam com seu talento e originalidade, através da arte e das ações. Parabéns!
Lembrar que você também pode fazer parte do No escurinho, seja na folia ou na correria, é só chegar junto!

domingo, janeiro 20, 2013

Desvelar

Quando comecei a escrever acreditava que como a inspiração a escrita deveria ser espontânea. E assim escrevia com os sentimentos a flor da pele, adolescente. Algum dos poucos que leram as primeiras "poesias" ("desabafos"), perguntavam porque tamanha tristeza.

Fruto de minha timidez e compreensão do mundo, minhas palavras eram reflexo da minha fragilidade, ingenuidade, imaturidade e também foi através delas que pude me fortalecer e amadurecer. No papel a tristeza ficava explicita pois não sabia como lidar com ela de outra maneira. E durante o cotidiano ou as alegrias nem me passava pela cabeça sentar e escrever.

Hoje, a minha timidez nem parece mais existir, e opto por falar em vez de escrever sobre minhas tristezas, ou abordar explicitamente os meus sentimentos através da escrita, ao menos que a inspiração me arrebate de jeito. Dedico-me a escrever sobre o que observo, o que fotografo, o que lembro, o que me faz bem.

Ao longo dos anos luto para não deixar de registrar ao menos um percentual de tudo o que penso e vivo, pois escrever me faz bem. E ler os meus escritos me permite observar novamente o que foi importante, ou ter clareza do que não foi.

quarta-feira, janeiro 09, 2013

Pensar, sentir e escrever

Ler o que pensava há alguns anos atrás, pode encarar como bobagem.
É bobagem mesmo, mas também é a maneira mais viável para o auto-conhecimento, mesmo que não substitua uma sessão de terapia.
Na verdade, comecei a transformar minhas agendas até então escolares em diários em 2002, se não me engano, mesmo ano que comecei a fazer terapia.
Só não lembro o que comecei primeiro, talvez depois leia o diário-agenda para saber.

Depois de revisitar, há alguns dias, meus antigos diários-agendas mesmo que rapidamente, reavalie a ideia de continuar fazendo registros do dia-a-dia.
Preciso registrar que estou registrando, ou que voltei a registrar.
Até pensei várias vezes em um diário virtual, mas isso sim parecia muito bobo.
Mas de fato escrever sobre o que penso e sinto é necessário, mesmo que não seja mais em um diário-agenda, pois era necessário buscar modificações ou amadurecimento.


terça-feira, janeiro 01, 2013

Amigos fiéis

Não sei se era segunda ou sexta, sei apenas que era junho de 2006. Ao voltar para casa do estágio ou da UFAL, minha mãe me pediu para ir dar uma olhada no nosso cachorro. Abri a porta do terraço dos fundos e lá estava ele, nosso novo cachorro. Olhei para ele com medo.

Era nosso segundo cachorro, não criei vínculo com o primeiro que tive, fora sentir medo dele.

Ele ficou acuado de um lado e eu acuada do outro, até que seu choro me conquistou, e tentei consolá-lo. Aos poucos fui vencendo o meu medo, principalmente ao perceber que ele precisava de mim.
Depois de algumas tentativas de nomes, passou a atender por Polanski, Polanski Linklater Tarantino. Como um bom cãozinho, adorava arranjar alguma coisa para morder, caçar, brincar.

Coisa mais linda do mundo era a sua disposição de ficar olhando o movimento da casa por debaixo da janela. Só poderia ver o que estivesse no alto ou próximo da janela, e estava sempre atento para não perder quando qualquer um de nós o avistávamos de dentro de casa.

Amamos cada dia que compartilhamos com ele, em nossos meros seis meses de convivência.

Na passagem de ano de 31 de dezembro de 2006 para 01 de janeiro de 2007, Polanski fugiu de casa. Ouvimos um comentário de que ele ficou brincando aqui na porta de casa, até que ao partir pro asfalto foi atropelado. Uma vizinha o socorreu, mas ele não resistiu.

Percebemos sua ausência quando chegamos em casa do réveillon às seis da manhã, procuramos por ele pela vizinhança, pois não sabíamos do atropelamento. Chorei desde o primeiro momento que não o vi em casa. Ainda tentei descansar e acabei por sonhar com ele. Ao acordar, vi que minha mãe não tinha parado de procurá-lo, conseguir ler em sua expressão quando ela retornou que ele havia sido atropelado.

Foram muitas lágrimas, tantas quanto as alegrias que ele nos deu. Senti a sua ausência todo santo dia.

Dez meses depois decidimos abrir o coração para uma cadelinha, nossa Lollipop Ava Gardner,  hoje com 5 anos.

Decidi registrar por aqui novamente, seis anos depois, porque depois de muito relutar, justamente hoje liguei a tv e assisti ao filme, Marley e eu.